terça-feira, 5 de julho de 2011

Cândido Portinari - biografia e cronologia

BIOGRAFIA 

Candido Torquato Portinari é um dos maiores nomes da pintura brasileira, alcançando fama internacional pela qualidade e pela temática social de sua obra. Sempre preocupado em caracterizar o tipo brasileiro, retratou a vida rural brasileira, a tragédia das migrações nordestinas e o trabalho duro nos portos. Filho de um casal de imigrantes italianos, Portinari nasceu em Brodósqui, interior de São Paulo. 


Aos 15 anos, mudou-se para o Rio de Janeiro e ingressou na Escola de Belas-Artes. Apresentou sua primeira obra, Um Baile na Roça, em 1921. Um ano mais tarde, estreou no Salão Nacional de Belas-Artes. No salão de 1928, ganhou um prêmio de viagem ao exterior, onde conheceu os museus da França, Itália, Inglaterra e Espanha e estudou as obras dos mestres. O reconhecimento internacional veio com o quadro Café (1934), já de caráter muralista, que recebeu menção honrosa na Exposição Internacional de Arte Moderna do Carnegie Institute, em Pittsburg (EUA), em 1935. Pintou seu primeiro mural para o Monumento Rodoviário da estrada Rio–São Paulo, atual Rodovia Presidente Dutra. Trabalhou de 1936 a 1945 nos painéis para o edifício do Ministério da Educação do Rio de Janeiro, hoje Palácio da Cultura. 

Em 1940 realizou exposição individual no Museu de Arte Moderna (MoMA) de Nova York; o sucesso foi tal que os quadros expostos foram todos vendidos. Em 1942, foi convidado pelo governo norte-americano para pintar a sala da Fundação Hispânica na Biblioteca do Congresso em Washington, onde se encontram quatro afrescos seus. Portinari realizou ainda mais obras monumentais: painéis para a Rádio Tupi, do Rio de Janeiro, tendo como tema os morros cariocas e a música afro-brasileira (1943); uma série de afrescos com temas bíblicos para a Rádio Difusora de São Paulo (1943); os afrescos de São Francisco (1945) e da Via Sacra (1945) para a Igreja da Pampulha; o painel histórico Tiradentes (1949) para o Colégio de Cataguases (MG); e um enorme mural intitulado Guerra e Paz (1957) para a sede da Organização das Nações Unidas (ONU), em Nova York. Nos anos de 1950, participou da Bienal de Veneza (1950) e da I e III Bienais de São Paulo (1951 e 1955, salas especiais).

Cronologia

1903 - Nasce em Brodósqui (Brodowski), perto de Ribeirão Preto, interior de São Paulo, no dia 13 de dezembro, filho de imigrantes toscanos que trabalhavam na lavoura de café. Cândido teria dez irmãos - seis mulheres e quatro homens;
1914 - Cria sua primeira gravura, um retrato do compositor Carlos Gomes, em carvão, copiando a imagem de uma carteira de cigarros;
1919 - Matricula-se na Escola Nacional de Belas Artes, no Rio. Em sérias dificuldades financeiras, Candinho chega a comer a gelatina química que recebe para misturar com as tintas;
1923 - Pinta "Baile na Roça", sua primeira tela de temática nacional. O quadro é recusado pelo salão oficial da Escola de Belas Artes, por fugir dos padrões acadêmicos da época;
1929 - Como prêmio do Salão Nacional de Belas Artes, que obteve com um retrato do amigo (poeta) Olegário Mariano, ganha uma bolsa de estudos em Paris. Ali, descobre Chagall, os muralistas mexicanos e sofre fortes influências do trabalho de Picasso;
1931 - Volta da França casado com a uruguaia Maria Victoria Martinelli;
1935 - Produz uma de suas obras mais famosas, "O Café" e inicia a que é considerada sua fase áurea (1935-1944);
1936 - Começa a dar aulas de pintura na Universidade do Distrito Federal;
1939 - Em 23 de janeiro nasce seu único filho, João Cândido. Cria três painéis para o pavilhão do Brasil na feira mundial de Nova York. Faz uma retrospectiva com 269 obras, no Museu Nacional de Belas Artes, no Rio;
1940 - O Museu de Arte Moderna de Nova York (MoMA) inaugura a exposição Portinari of Brazil
1942 - Cria painel para a Biblioteca do Congresso dos EUA;
1944 - Trabalha no polêmico altar da Igreja de São Francisco de Assis, em Belo Horizonte. Muito discutida pelos religiosos, tanto por suas formas arquitetônicas quanto pelo mural de São Francisco com o cachorro, a igreja só seria inaugurada em 1950;
1945 - Filia-se ao Partido Comunista Brasileiro e candidata-se a deputado federal. Não consegue eleger-se;
1946 - Termina a as obras da Igreja da Pampulha, em Belo Horizonte e faz o painel da sede da ONU, "Os Quatro Cavaleiros do Apocalipse", com 10 por 14 metros. Expõe 84 obras em Paris. Candidata-se ao Senado pelo PCB, mas também não é eleito;
1950 - Representa o Brasil na Bienal de Veneza;
1953 - Inicia os painéis "Guerra" e "Paz", para a ONU, que terminaria em 1957;
1954 - Começa a manifestar sinais de envenenamento pelo chumbo contido nas tintas com que trabalha: sofre uma hemorragia intestinal e é internado;
1955-56 - Realiza 21 desenhos com lápis de cor para uma edição de Dom Quixote, de Cervantes. A técnica era uma alternativa tentada por Portinari para escapar à intoxicação pelas tintas;
1956 - Faz uma viagem a Israel, onde produz uma série de desenhos a caneta tinteiro;
1959 - Faz as ilustrações para uma edição francesa de "O Poder e a Glória", de Graham Greene;
1960 - Nasce sua neta Denise, e ele passa a pintar um quadro dela por mês, contrariando as recomendações médicas;
1962 - Morre no Rio de Janeiro, em 6 de fevereiro, em conseqüência da progressiva intoxicação. Na época preparava material para uma exposição no palácio Real de Milão; 

ALUNA : priscila da conceição dos santos silva 
N ° : 40      turma : 701

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